Wednesday, January 26, 2005

Mas onde vc foi?


Gostaria que não tivesse ido, e embora meu ego ache que sim, gostaria que não tivesse ido por mim ou por algo que escrevi. Não faz sentido e obviamente faz tudo parte dum enorme misunderstanding.

Anyway, só não me machuquei porque estava bem calçado. Mas dói muito meu coccix e te visito todo dia, como visitasse um ente querido que se foi. A impressão que dá é a de uma casa abandonada, você levou suas coisas, seus dados, o netstat e os seus links e deixou só as paredes impregnadas de você.

Talvez seja este mesmo o efeito esperado. E de repente preciso saber quem você é, até onde é você, até onde é fantasia. Agora, urgentemente, imediatamente, ASAP. Me diga então se, e onde, e quando.

A janela é pequena, o universo me dá e tira, e não gosta nunca queu faça marola. Se eu for pro mar, que eu seja um big rider.

Thursday, December 02, 2004

Aiai...

Se fui eu,
Devo estar dilapidando - e errado.
É muito ao contrário
Quero teu melhor sorriso
Teu vestidinho mais bonitinho
E todo o resto.
Tenho que escrever com mais cuidado.
E minha capoeira eu só aplico em outros.

Pérolas aos poucos


Também te entendo às metades
É vero.
Mas nunca se esqueça
Queste meu blog
(Que é pra você)
Como qualquer papel
Aceita qualquer palavra

Podem ser toscas
Podem ser táticas
Podem ser troças
Podem ser truques
Podem ser testes
Podem ser nada

Meias verdades, quem sabe
Mentiras, nunca;
Minhas próprias versões da verdade.

Ah!, E também minhas vaidades.

O que rola não é mais o que rolar


Engraçado eu te aprender.
E te ver no meu passado.
Teu presente já não sei se sei viver
Mas fui assim a vida inteira
Querendo só a melhor parte
Minha mão passeando aqui ali e acolá
E nunca fechando portas
E sempre abrindo mais.
De súbito não rola mais.
Alegria e alergia
Em seus graus máximos
São palavras próximas demais

Tuesday, November 23, 2004

Anárquica


Com tantas opcões
Minha máquina de apertar botões
Viveria ao deus dará

Friday, November 19, 2004

Cartas Enigmáticas


Entender metade é só por ser centauro – tem um de cada lado puxando a mesma corda. Chega a ser gozado: E eu sempre sorrio. E me deslumbro. Mas é teu jeito especial de dizer
e escrever que não encaixa, nem no perfil de uma princesa ou no de qualquer uma. É uma, única, específica, cíclica, cheia, criatura que me arvora em outro ser. Que eu intuo ser mais que uma mulher de verdade. E eu acho muita graça as vezes destes modelos determinísticos, destes lapsos temporais, destas manipulações da sorte, mas não vá achar que eu vá escapar de ser vago. Mas deslancho deste ponto tênue vários futurinhos paralelos, alguns por brincadeira, outros por tesão puro ou diversão, muitos no varejo, alguns com considerações até mais sérias, what-ifs com os quais não sei se terei coragem de esbofetear este meu establishment que sim vai muito bem obrigado, mas tudo tem os seus senões e nosso desejo quer sempre mais.

Thursday, November 18, 2004

Hold me Tight


Criatura cíclica
Vontade ciclópica.
Mulheres são mesmo mulheres, sabe?
Quando são de verdade.
Existe um jeito especial sim.
Mas não este.
E não com qualquer uma.

Arte e Manhas


Sou eu esta semana
Que quero fazer arte...

Tuesday, November 09, 2004

O mar é das gaivotas que nele sabem voar?


Erro de lógica nananina. Quem pensa complicado entende complicado. Foi tudo compreendido perfeitamente (já se explicado, sei não).

Sobre o que eles seriam antes? Boa pergunta. Me vem nada melhor que aves, passarinhos. Antes de serem anjos, estágios no céu e no mar. Que a terra é pra quem não sabe voar.

Monday, November 08, 2004

Psicografado pelo cavalo do Lucky Luke


Amo os golfinhos, e sim, acho que alguma escolha é dada pra se voltar (ou continuar, ou repetir de ano), mas não acho que seria esta, não, você não volta como o Flipper. Te conto a minha teoria: desconfio que existam humanidades paralelas. Me faltam exemplos práticos porque a única humanidade que me é visível é esta triste nossa, mas, sei lá, talvez os anjos sejam uma destas humanidades paralelas que intuo. Então, nesta minha teoria, seguindo uma hierarquia ou caminho “lógico” e evolucionário das espécies (supondo que a evolução inclua estas licenças poéticas espirituais e as anima sigam se tornando mais complexas), gatos, cães e cavalos, sem pensar muito, poderiam, quem sabe, evoluir adentro da humanidade que nós já conhecemos. Já os golfinhos, estes já acho que voltariam como anjos. Não consigo pensar em ninguém que eu consiga dizer que me pareça ter sido um golfinho em alguma vida passada. Já que foram cães ou cavalos, mole (rsrsrs). E quantos cães, gatos e cavalos você conhece que são quase, mas quase mesmo humanos?

Sunday, November 07, 2004

O que todo tamarindo tem


No quintal nunca brinquei
Nem nunca comi fruta subindo no pé
Nem nunca vi minha vó em alquimias culinárias
(a imagem pra mim é linda
misturar só misturava elementos químicos buscando uma explosão
e quebrei vários pedaços de mim caindo de árvores em praças)
Mas já sou amigo das árvores como nunca pensei que seria
(eu que sempre fui do mar)
Tenho um casal de corujas e um gambá que teima em se enturmar
E tenho plantado mangas
Jacarandás
Jambos ipês caquis
Um pé de maracujá
Inda vou aprender a cozinhar
Quando pequeno isto tudo eu nunca vi
Então quem vier de mim verá.

Friday, November 05, 2004

Caraillon!!!!


Que reza-forte!!!!

E agora?


Gordos com suas famílias gordas sendo pesados como malas nas filas do check-in da Northwest. E pagando excesso de peso. Fiquei sem saber o que dizer.

Em busca da sincronicidade exarcebada


E lá como cá estamos aqui.
E penso assim: São poucas as pontes e muitas as ligas.
Será que em guarulhos tivemos um encontro daquele às escuras
Onde um não sabe um do outro mas adivinha pensando?

Friday, October 29, 2004

Lua Gorda Avó

Tristeza fantasma da gente
De ver o farol assim
Tentando ajudar lua cheia
A bruma leve deixando o ar denso
E o tempo, que já se perdeu...
Vontade de andar pelos pastos
A mastigar cogumelos noturnos
Silêncio
E cada barulho é silêncio
Querer caminhar pelos céus
Pra se esquentar na luz Flicts da lua

Wednesday, October 27, 2004

Discrepâncias


Ah!

Fosse o papel realmente o espelho fiel e a soma do que nós somos...mas somos sempre menores que isto tudo. E nossos sonhos, sempre maiores.

Tuesday, October 26, 2004

Milhões de diabinhos martelando


Como se eu não soubesse.
Como se eu não tremesse todo dia
E pensasse todo dia
E imaginasse diálogos e conversas e outras viajices que não,
Que sim,
eu sonhei um dia.
E todo o resto que existe.
Que sim, eu também sonhei um dia.
Só explodindo de tanto rir.
It’s fuckin just not the perfect timing.

Monday, October 25, 2004

So you think you can tell


Me sinto as vezes tão extraterrestre
E tão intraterrestre
Que nas minhas andanças eu olho e não aprendo nada
Eu leio e me esqueço tudo
Eu minto o tempo inteiro para mim
E na maioria das vezes acerto

Nós da minha tribo
Somos todos iscas e caçadores
E não sabemos muitas coisas - quer dizer, sabemos
Mas meio assim por acidente
Controlando o jogo meio que sem saber que está
Um time invisível se deixando aparecer
A pergunta no ar

Nós da minha tribo
Somos todos viajados e viajantes
Escravos e capitães
Santos e prostitutos
E não sabemos muito do nosso rumo – quer dizer, sabemos
Mas vivemos bem meio à deriva
Desejando um porto nalgum lugar

Navegando perdemos fácil a felicidade que estava aqui
(Se o grito de terra a vista se faz ouvir)
E quando em terra perdemos fácil a alegria que está por vir
Se há no porto um barco prestes a partir

Há perigo no ar
Mas quem vai entender?
Você mal começava a se soltar
E a se sentir feliz e de repente
Inexplicavelmente
você parou de se divertir.

Thursday, October 21, 2004

Estou sozinho, estou triste, etc


Mas meu monólogo é único. Não sei o que me deu. Tive medo, fiquei excitado. Não soube nem quis me explicar. O texto não saiu. E tudo o que me suga, e o que tenho que me dedicar. Há tempos que não quero confusão, e de repente então. E tanta realidade acontecendo. Um amor que se matura sem palavras. Palavras que se atraem por palavras. Meu pouso em qualquer lugar. Hoje phoenix az, amanhã dallas fortworth. Pressão. E esta vontade de dormir e de acordar. E pensar que um dia eu pensei que eu é que mandava nesta porra. Só mesmo com muito Lexotan.

Tuesday, October 19, 2004

Jamaica, West Indies

Tudo ali é como fosse um brinquedo para um furacão. Há quem não perceba, mas pra quem escapa dos resorts dos Ken & Barbies e sobe as montanhas, a história é outra. Yeah mom, o Haiti também é ali. E aqueles abismos intransponíveis que conhecemos tão bem. E todos, ou quase todos, pretos. Os em cima e os embaixo. Out of many, one people. Holly smoke, a Jamaica me surpreendeu. Para o bem e para o mal. Uma ilha de personalidade e natureza fortes. A comida é boa e queima e nem precisava de tanto molho pra queimar. Me assustei algumas vezes mas fui muito bem tratado. Muito ficou por ver, mas já fui, agora estou mais perto. Tenho até conexão e estamos quase no mesmo paralelo. Mas é só por um instante. E já caçaram meu tempo. Vai ganja aí, bro?

Wednesday, September 29, 2004

Quem ouve nunca mais dela se esquece


Entre números passeava olhando o fio da meada. Bocas e fios de cabelo imaginários, como nas ficções de borges, não eram as ruínas circulares sua história preferida desde sempre? Não, era os dois reis e os dois labirintos, ou outro nome parecido. Anyway. Imaginar jamais, o segredo seria não imaginar. Pois de mim não se ouve uma palavra, minha trilha sonora sempre foi melhor escrita que falada.

Parar pra que pra que parar parar o que?

Mistérios. E quem viveria sem saber? Minutos escoando. Tempo imobilizado. Pensamento fixo. Não agora, não depois de descobrir que os gatos. O sudoeste entrando torto entre dois prédios, hoje é lua cheia, se não é foi ontem, deu quase pra sentir ele ontem à noite, o tempo da colheita, mudança de estação. Os aviões passando a todo instante. Quer bicho de pé? Bicho de pé? Ah um doce? Nunca ouvi falar...até ontem. É, num site.

E se sonhasse, que deus viria tornar real o sonho que sonhara (não um deus canino, mas sim um deus felino, please), e anular todos os outros, e precisar, precisa? Melhor pensar de outra maneira. Tipo: não é o que me falta. Deve ser o queu já tenho o que me atrai, eu que também sou bicho. A novidade, a felicidade e o deslumbramento de encontrar nali descritos os rastros de alguém da sua própria espécie.

Deve ser isso.

Balada Inabalável


Inda não consegui
Nem acertar a mão
Nem me dividir
Mas já andei me esquentando ao sol

Thursday, September 23, 2004

Cariocas não gostam de dias nublados


É como me lembro:
Quando é seis horas no cais da Mauá
E a barca grita seu apito
Sei que é hora de pensar em ir
Que se me demoro mais
E não me agito
Se vai minha parte quente
E não terei onde dormir

(Já por aqui nestas terras que não tem cais
Se por ventura apitasse a barca
Seria por encalhar nas marginais)

É como me sinto:
A vida aqui me passa como quem já passou
A barca não grita e não vou
Não há docas que me levem
Nem horizontes decentes
passa-se a cama pra dormir
e o nariz entope
de mofo e de solidão.

Wednesday, September 22, 2004

A Primavera é quando ninguém mais espera

Chega de tentar dizer o que eu não sei. Muita calma nesta hora!, vou acabar ficando louco. Você tem matéria que me encanta como poucos - mesmo sabendo da missa a metade. Tinha lá dentro de mim um algum de você, coisa mais engraçada, coisa de ressonância. Talvez coisa mesmo entre centauros. Enfim. Vibrou demais, já reforcei a ponte. Me encantam (e me confundem) os espelhos que se refletem ao infinito, os labirintos, e o queu não sinto.

Gosto de deixar meu começos pro fim, vai parecer queu desisto fácil. Talvez até. Ando fugido. Até 30 de setembro eu nem existo e depois sumiço, fazer o que? O tempo não dá mais tempo, o que fizemos com o tempo? Derrubar o tabuleiro, trapacear, tergiversar? Centauro eu não fosse, centauro seria de qualquer jeito. Minha seta apontada pros proprios cascos. Meu rei por um pouco de descanso. Noites queu não durmo sem saber onde é a cama.

Monday, September 20, 2004

E o Peão tremeu

Fodeu.
Eu fico imóvel
Analisando o movimento.
Juntando dois e dois
Às minhas chances de escapar.